sexta-feira, 16 de março de 2007

Why can´t I breathe?

[...] Ouvindo a música, sentir o que ela me traz...
Subo até as estrelas para entender como é que se faz,
Para esquecer a dor que os meus olhos não conseguem ver
Destrua o meu coração que estará destruindo você.
Você é filho da terra, dádiva dada por seu Deus...
A fome dos meus filhos não será a riqueza dos seus
Ô chama que destrói, corrói o que é belo, tudo que faz bem
Controle suas palavras, minha liberdade não pertence a ninguém [...]
Natiruts - O Carcará e a Rosa
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Hoje estou para o reggae. Faz tempo que não escrevo nada aqui, até porque a falta de tempo e de saco dominam. Esta semana foi daquelas - Conflitos, brigas, preguiça e tudo que tem direito - que você nem quer sair da cama. Tudo começou na segunda, dia o qual criei um 'projeto de coragem' para fazer uma coisa que deveria ter feito a muito tempo atrás. Vomitei as palavras que estavam entaladas na minha garganta, em meio a toda adrenalina e raiva que eu estava sentindo. Homens - Quem os entende? Ô bicho mais complicado. Depois dizem que as mulheres é que são complicadas... (Tá, só um pouquinho!)
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Quarta-feira. Exatos 30 minutos esperando pra fazer aquela maldita prova. Sim, enfrentei meu pesadelo novamente - O Examinador do Detran.
Acordei às 07:20, extremamente atrasada (pra variar). Tinha que estar às 8h no lugar lá no fim do mundo, onde os exames são realizados. Fiz um sanduíche rápido, e fui comendo no carro.
No caminho, minha cabeça estava tentando se estruturar, mas não consegui. Um avião estava a caminho, e eu, no caminho da minha - Again - segunda reprovação. Depois de esperar alguns trocentos minutos, meu carrinho estava lá (posicionado muito mal pra dizer a verdade) atrás da linha, esperando o examinador.
- Toc Toc... Posso entrar?
Eu sorri. Que pergunta mais estúpida - pensei.
- Bom dia! Meu nome é Francisco - Ele apertou a minha mão de um jeito meio mole. Minha mãe sempre me ensinou que na hora que alguém aperta tua mão, não pode ser muito apertado, nem muito frouxo - Vai na calma, presta atenção na sinalização e não fique nervosa - Que ironia - Boa sorte!
E lá vamos nós. Primeira infração: Avancei numa 'maledeta' linha, a faixa lá pra ser mais exata. Fui indo em direção a garagem, com a perna esquerda tremendo mais que mão com mal de Parkinson, e tcharam! Consegui sinalizar tudo e a manobra, segundo o examinador foi perfeita. O pânico começou na hora que ele me elogiou. Me veio a memória de alguns anos atrás, quando eu jogava vôlei no colégio. Não podia jogar bem, ninguém podia elogiar, senão eu errava. O mesmo aconteceu no teste. Me empolguei hehehe... Foi então que cometi a segunda infração, esquecendo da minha amiga embreagem - Tentei engatar a ré sem a abençoada - e só ouvi o arranhão. Malditaaaa! Este foi meu passaporte pra retornar no próximo mês, minha (tomara que última) terceira tentativa. Juro que só faltei me jogar do carro de raiva, e tava choramingando pro tio Chico, dizendo que não era possível. Ele disse, em tom de piedade, que ficou decepcionado em ter que reprovar uma motorista tão boa, por falta de atenção (da próxima eu bato o carro se me elogiarem de novo). Quando o meu professor foi me buscar, eu saí bufando do carro, xingando até o urubu que passava lá no céu, quilômetros de distância. É dose?
***
Minha vida está de pernas pro ar. Tô sem chão.
O que eu vou fazer?

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